terça-feira, 14 de setembro de 2010

Prantos e alegrias

Não me estenda a mão
pois a mesma mão que me segura me empurra ao abismo
me ofereça teu coração
e com ele terei forças de me erguer e caminhar com meus prprios pés
e neste momento é aos teus braços que meu corpo encontra
não há deus ou inferno que nos amedronta
de seguir nossa propria opinião

Se tememos a deus, por que ele deve ser louvado?
por que o suicida se joga ao mar, mesmo já estando afogado
de sonhos não realizados e medos?
Por que viver é tão dificil
se a reconpensa no fim não nos alimenta?
e por que procurar um ombro para chorar, se sozinhos estamos
e sós seremos enterrados?
Pra que que viver de ouro
se nosso caixão é madeira e insetos?

Todas essas perguntas se respondem
mesmo sem terem sido explicadas
quando vejo teu sorriso dizendo que precisa de mim
em teus abraço quentes quero ficar
até nossos corpos esfriarem
e morrer na asfixia de um amor incuravel
que memso que acabe, ainda arde e sente dor
e sonha em encontrar novamente teu sabor
mesmo que você já não exista

Não são facas ou armas que te darão felicidade
pilulas para dormir somente trazem sono
mas você anda tem que acordar no outro dia
E com suas mãos e pés você tenta ser alguem especial
mesmo sendo exatamente igual a toda a sociedade
algum dia você se polui de cansaso e percebe teu proprio ser
de toda a força infinita que há em todos os corações
de suportar terremotos e trovoões
e continuarem se levantando, rastejando em direção ao 20º andar
e criar coragem para pular
e caso falhe, continua enfrentando mais um dia

Sozinho abraçando a mim memso ignoro a dor
e amando somente a ti ignoro todo o rancor
dessa sociedade que nos compara a seres estranhos e irracionais
só por amarmos os nossos iguais
e tentarmos ser felizes um dia

Se teu deus tanto me odeia, que me jogue no caixão
não quero palavras, só quero um coração
construido por sonhos, pesadelos e nostalgia
cansei dele prometer e só mentir
só quero que Tua voz se cale e me deixe ouvir
minha musica favorita

E se um dia o mundo acabar
pode correr em meus braços e chorar
te arrastarei pro inferno, e do inferno te protegerei
te arrastarei pro paraiso, e para as santidades implorarei
que possamos estar juntos mais uma vez
memso que sangue escorra, e o coração doa por bater
eu não ligo de sofrer
para ver teu sorriso gentil e sua pele colada na minha

E se um dia, a musica parar
vamos simplesmente nos sentar
e assistir todos irem para suas casas amargurados
enquanto continuaremos aqui parados
conversando sobre como foi o dia

Se antes de mim
teu coração parar de bater
por favor me diga antes o que fazer
para que não tenha que andar e cair em sargetas que não conheço bem

E se um dia precisar chorar
me abrace forte e deixe o seu pranto rolar
e com um suspiro aliviado a dor vai sumir
e lágrimas secas vão substituir
toda a angustia que um dia houve em nossos corações

Se um dia o mundo parar
ao invés de nos desesperar
vamos apoveitar e simplesmente rir destes estupidos
que acham que são importantes o suficiente para não morrer

Vamos nos abraçar
e esperar a musica acabar
enquanto contamos os segundos para as notas finais
simplesmente diremos o quão importante somos
e o que faremos nesse mundo louco daqui em diante
e o sono que fecha nossos olhos
nos trará dor e alegria
com sonhos estranhos causados por aquela melodia
mas não nos tirará da mesma cama

sábado, 11 de setembro de 2010

Trabalho para a escola sobre arte. Resultado:

arte é a forma de expressão
que mais liberta e conforta
o desenho das pequenas nuvens
com suas delicadezas e frescuras
wm uma aquarela de azul e vermelho
pintada pela natureza

Arte é tudo e tudo é arte
a pequena linha entre a alegria e o desespero
onde o artista baança e dança
fazendo musica do sentimento
se não ser ninguém
atuando no teatro da vida

O belo da cor
o cheiro de tinta secando
trazendo aos olhos, facinação
um enorme mar de formas e linhas
gritos e suspiros de corações
que não desistem de bater

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O barulho de televisão fora de sintonia e a doce heroina

Laila chega em casa da escola, sem expressão. Seus pais não estão em casa. Ela vai para o seu quarto e se envenena com a fome, musicas tristes e videos de pessoas terminando com a propria vida.
Na hora do jantar, ela aparece na cozinha com cortes profundos em seus pulsos, e os coloca a vista o tempo todo enquanto encontra desculpas para voltar ao seu quarto e apreciar seu vazio. Ninguem nota. Ela volta para o seu quarto escuro, repleto de poeira e fotos de pessoas que ela não conhece nas paredes.
Ela liga a tv em um canal qualquer, simplesmente encara as imagens, sem realmente assistir algo. Ela passa horas olhando para aquelas fotos, imaginando como é a vida daquelas pessoas, se elas tem amigos ou são assim como ela. Sozinha e confusa.
No meio da noite, ela vai a cozinha, come alguns doces que tinham nos armários e vai para o banheio se livrar deles. Ela tenta fazer o maximo de barulho que pode. Queria ser ouvida. Queria que alguem viesse e a parasse. Ninguém nota, e mais uma vez seus pulsos sangram até que ela conseguisse pegar no sono.
Na escola, ela está sozinha, humilhada e fraca. Os socos e tapas daquelas pessoas não lhe incomodam mais. As brincadeiras não a incomodam mais. Ela se acostumou com aquilo tudo.
No jantar, ela diz "alguem me ofendeu na escola hoje", e como resposta lhe dizem "é só ficar quieta que eles param". Ela nunca tinha abrido a boca uma vez, e eles não pararam.
Em seu ritual de depressão e cansaço de todos os dias, ela estava exausta. Exasuta da maneira que se via, exausta de ser o brinquedo de todos, exausta de estar só, imaginando o que pessoas que nunca viu na vida fazem.
Ela pega uma caixa escondida atras do quarda roupa. Uma seringa, uma dose enorme de heroina,que havia conseguido alguns meses atras e havia preparado para o momento, alguns comprimidos e um bilhete escrito "me perdoem". Ela engole os comprimidos um a um, que descem em sua garganta seca e machucada. A seringa entra lentamente em sua artéria, deixando uma sensação de prazer manifestar um pequeno sorriso, enquanto o seu corpo todo luta para sobreviver. Ela enlouquece, e rindo o sono profundo vem para confortar seu coração. A dor se foi, agora resta aquela sensação de queimação em seu braço e a falta de ar. O mundo inteiro sai de cima de suas costas e ela enfim consegue respirar um pouco, aliviada.
Ela estava vestida como um anjo, ainda com um pequeno sorriso no rosto, em uma caixa toda enfeitada de madeira. Havia ganhado muitas flores e todos estavam lá para vê-la.
Seus pais não conseguem parar de chorar, e se perguntam o tempo todo "o que fizeram de errado". Seu maior erro, foi exatamente este. Não terem feito nada.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Insonia

O escuro profundo da noite. Somente eu e minha alma. Neste silêncio agoniante, sem ninguém que puça meus prantos e desesperos, me pergunto: quando foi que desaprendi a dormir sozinho?
Um demonio me visita e me pede meu corpo em troca de um pouco de sono. E todas as noites ele me visitava e levava um pouco de mim, pedaço por pedaço, até que não restasse mais nada do meu ser.
"Me dê seus sonhos", ele sugeriu, mas os neguei. O demonio me abraça, perguntando:
- Por quê não os sonhos? Já te tirei tuas pernas, braços e olhos. De que sonhos são uteis agora?
- Sem eles, que sentido há em dormir?
O demonio olha no fundo de minha alma com seus olhos negros. Surpreso. Ele sorri.
- Posso te fazer dormir eternamente se quiser
- Já disse, não entregarei meus sonhos.
- Não os quero mais. Simplesmente estou fascinado. És o primeiro que me nega os sonhos, memso depois de já ter entregado todo teu corpo e existencia. Não me parece humana uma alma tão nobre. Te levarei para onde o sono é acochegante, sem que precise preocupar-se em acordar.
Fascinado deixei minha alma escorrer baqueles braços negros e dormir profundamente nos cobertores quentes da eternidade. Sentirei falta daquelas mãos frias me trazendo a dor e a paz de um abraço, que era o que mais me fazia falta no meio de minha insonia para que emus olhos fechassem.
Na fria noite me aqueço hoje naqueles braços que me salvaram dos meus proprios pesadelos.

domingo, 29 de agosto de 2010

O Azul.

Não importa quantos morram, quantos me feriram, quantas lágrimas derramei. Ele está sempre acima de mim, com suas cores me dizendo "eu estou aqui"
"Você está tão lindo hoje, que poderia morrer" e com um beijo vermelo e azul, ele me cobre com sua escuridão, deixando um pequeno farol para que meus olhos não se enganem e eu tropece em outra pedra.
Não importa que caminho eu siga, não importa o quão rui eu sou, o meu passado ou o meu futuro. Ele sempre vai estar ali, me fazendo olhar para cima e me abraçando enquanto derramo minhas pequenas lágrimas.
Nos braços do infinito céu azul, é meu berço e meu túmulo.

Beije o Céu

Beije o céu e deixe teus braços se tarnsformarem em belas asas.
Abrace o azul infinito e com suas cores, sorria.
Com suas pequenas mãos, tente pegar as estrelas e as guarde perto do coração. Então teus olhos brilharão com a luz de Deus
Beije o céu, e vá para longe, onde seu coração está escondendo toda a felicidade que esqueceu
Apenas beije o céu e o deixe abraçar-te com seus braços quentes feitos de sonhos esquecidos pela humanidade.

De que sonhos são feitos.

Suas mãos frias apertando as minhas fortemente. E sua voz tremula me pergunta:
- De que os sonhos são feitos?
Sem resposta, somente observei aqueles pequenos olhos fecharem aguardando uma lágrima de esperança. Sem a chance de dizer-me boa noite, caiste em sono profundo. Adeus meu pequeno amado.
Tua pergunta me amaldiçoa, em cada pensamento meu. "De que os sonhos são feitos?" acompanhado de "de que as pessoas são feitas, de que os sentimentos são feitos, de que o amor é feito?" Ainda sem o que dizer. Prendo minhas lágrimas e continuo olhando para a cidade cinza. De que esta cor é feita?
Seguro braços invisiveis, e de encontro ao frio chão, percebo: Sonhos são simplesmente a nossa vontade de continuar vivendo, desculpas.Pessoas são feitas destes pequenos e azuis sonhos que usamos para nos proteger do anjo da morte que nos abraça toda noite, nos levando a jogar-nos em seus braços. O amor é feito de querer uma pessoa ao seu lado, mesmo que só por um segundo, sem que ela precise fazer nada para merecer seu tempo, simplesmente entrelaçar aqueles braços quentes ao teu corpo e secar suas lágrimas frias.
Essa cor cinza, é feita de pessoas que desistiram de tudo isso. E hoje se afogam na depressão de não ter pelo quê se erguer novamente.
Meus sonhos são feitos do desejo de ver seu sorriso timido. O meu ser é feito conquistar pequenas coisas para que se orgulhe de mim. Meu amor é feito daquele gentil "obrigado por existir".
E o chão frio, que me abraça, me faz fechar os olhos e sorrir um pouco. Desta vez saberei o que dizer. Poderemos nos abraçar e dormir sem nenhuma duvida, só ouvindo nossos corações batendo lentamente até que o silencio aconchegante chegue, e um sonho maravilhoso ganhe vida em nossas mentes.